...
Depois do intervalo de silêncio,Sara dormiu. Porque ficar remoendo aquilo não ia fazer ela se sentir melhor. Ficar com raiva do Henrique ou de Larissa também não. Então a única coisa que restou foi fechar os olhos e dormir em paz.
Mas no outro dia,depois de acordar, ela não parecia tão em paz:
- Mãe,eu não vejo o motivo de acompanhar vocês nessa viagem! O que eu vou fazer lá?
- Você ADORA praia,Sara,sei muito bem disso.Vai para praia,isso que você vai fazer! -disse a mãe.
- Não vou! -respondeu aos berros.
- Vai! E ponto final. Não estrague esse dia maravilhoso que está. - a mãe encerrou a conversa.
Dia maravilhoso? Que dia maravilhoso que ela não sabia?! Era só o que faltava mesmo.
Durante a viagem Sara não tirava os fones. E a cara emburrada,claro.
***
Ao chegar lá,encontrou o amigo de seu pai e a família dele. Até o filho dele estava,o...qual o nome dele mesmo?
- E aí,Sara,quer dar uma caminhada na beira do mar?
- Tanto faz. -disse ela sem lembrar o nome dele.
- Vamos. -respondeu Vitor.
Olhar para o mar naquele momento era uma terapia para Sara. Era como se ela não conseguisse pensar em nada. Esquecesse os problemas. E tudo e todos que estão a sua volta. Inclusive Vitor.
- Você está meio estranha hoje.
- Não estou estranha. -respondeu áspera.
- Imagina se estivesse. -ele riu,sarcasticamente.
- Qual é a sua ? - ela falou,aumentando o tom de voz.
- Tentar fazer diferença na vida das pessoas,quem sabe? Só estou tentando te alegrar, pelo visto não está dando muito certo,então fique aí com sua "gentileza". -ele saiu,sem sorrisos agora.
- Estúpido!
E Sara ficou resmungando sozinha,olhando para o mar e pensando no que Vitor havia dito.
[...]
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